segunda-feira, 23 de julho de 2012

.A moça.


Ele abriu os olhos. Estava um pouco desnorteado. Tentou levantar, mas sentiu algumas dores no corpo. Depois de algum esforço levantou e tentou entender o que se passava ali. Ele reconhecia o lugar, não do jeito que estava, mas não se sentia mais perdido. Era um lugar não muito longe de sua casa, onde haviam muitas lojas, que agora não passavam de paredes destruídas e vidros quebrados. Haviam gritos, tiros e pessoas ao chão. Escondeu-se. E ao se esconder viu de longe um homem, com uma roupa preta e um boné azul, um tanto peculiar. Que por algum motivo -se é que tinha um- atirava naquelas pessoas inocentes, como se brincasse. E o tumulto começou de novo. Correu, pulou obstáculos, se escondeu. Encontrou uma moça escondida no mesmo lugar que ele. Fizeram silêncio, o homem de preto não os viu, eles correram em sentido contrário e acharam uma casa onde desesperadamente tentavam achar um jeito de entrar. A casa era grande, teria espaço para eles lá dentro. O dono aterrorizado avisou que não podia sair pra abrir a porta, porque era "perigoso demais" ajudá-los. Eles saíram de lá e correram ainda mais, mais rápido. Ao olhar pra trás ele viu que o homem de preto havia parado e olhava em direção deles. Levantou sua arma. O moço desesperado, pegou na mão da moça e correram, correram. Sentia a adrenalina pulsando dentro de si. Não havia outra direção a não ser seguir reto por aquele beco, até que houve um barulho. O barulho o assustou, mas não o impediu de correr. Por um momento ficou feliz por isso, mas então percebeu que corria sozinho. Que a moça, já não corria mais. A moça estava caída no chão. Ele não parou de correr. Olhou pra moça, viu nela um olhar. Um olhar como se pedisse ajuda. Ele hesitou. Começou a correr outra vez, achou um prédio e entrou. Ao entrar no prédio ouviu a polícia. O homem de preto seria preso. Mas e a moça? Será que se ele tivesse parado para ajudá-la ela estaria viva, pra ouvir a polícia chegar? Por que ele foi egoísta ao ponto de pensar apenas em si e não ajudar alguém que ele sabia que precisava?
Ele abriu os olhos. Estava aflito, porém acabava de acordar. Foi só um sonho, pensou. Levantou-se até que feliz, e jurou a si mesmo, que de hoje em diante, ele salvaria a moça.

PS: Meio parecido com um sonho que tive esses dias.
PPS: Depressão pós-FIG :/
PPPS: Beijos&Beijos.

Lari Freitas.

2 comentários:

  1. Depois de três semanas eu chego aqui, leio e eis minha reação ao final: meeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeu irmão! *-*
    Tu arrasa, Lari. Sempre!
    SAUDADES! ♥

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  2. Por favor né Amandinha, você que arrasa muito :')
    Saudaaaaaaades :/ <333

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