segunda-feira, 25 de março de 2013

.Ser árvore, ser pássaro.



Sábado, 15:30 da tarde.
Estava passeando pela rua. Aquele  calor - que chegava até a ser demais para uma tarde de outono - pedia isso. Enquanto passava pelas ruas e encontrava com pessoas aleatórias, tentava prestar atenção na trilha sonora. Não, não que nem nas novelas, que a música começa a tocar na hora que a mocinha vê o mocinho ou quando o vilão é pego. Sentei num banco e fiquei prestando atenção no barulho do vento, dos pássaros, das folhas. Por um momento foi como se todas as preocupações tivessem desaparecido. Ali só existia eu e o vento.
Passei algum tempo sentada ali e depois resolvi voltar pra casa e pra tudo que eu tinha deixado, antes de sair de lá.

Domingo, 16:20 da tarde.
Hoje saí um pouco mais tarde, mas, saí com o mesmo propósito de ontem.. Apenas andar, em silêncio. Dessa vez ao sentar no velho banco, passei a prestar atenção em outra coisa. Nas árvores. Elas tinham troncos delgados, grossos, lisos, ásperos.. Cada uma tinha aquele detalhe que fazia dela única. Elas eram um exemplo. Um exemplo de força. Não importava quão longa fosse a chuva ou quão forte fossem os ventos. Elas permaneciam ali, fortes. (...) O engraçado era que elas pareciam fazer isso não só por elas. Era como se elas soubessem que tinha algum motivo pra elas resistirem. Como se elas não se entregassem por 'um bem maior', porque talvez elas sentiam que se elas 'desistissem', alguns pássaros não teriam mais o seu abrigo e poderiam até 'desistir' também.. Isso me fez lembrar de algumas pessoas que como as árvores, são corajosas o bastante pra ser forte. Independente da situação. Seja pra não ser levada pelos ventos e chuvas fortes ou pelo simples fato de que existem algumas pessoas que estariam ali pra serem os pássaros, ou até outras árvores que juntas impediriam uma delas de cair. Saí de lá um pouco mais feliz por 3 motivos. Feliz por saber que sou pássaro, feliz por saber que sou árvore e feliz por saber que você é uma árvore. Das mais fortes que eu já conheci.

(Lari Freitas)

" Se por acaso pareço. E agora já não padeço um mal pedaço na vida. Saiba que minha alegria. Não é normal todavia. Com a dor é dividida. Eu sofro igual todo mundo. Eu apenas não me afundo. Em sofrimento infindo. Eu posso até ir ao fundo . De um poço de dor profundo. Mais volto depois sorrindo. Em tempos de tempestades. Diversas adversidades. Eu me equilibrio e requebro. É que eu sou tal qual a vara. Bamba de bambú-taquara. Eu envergo mas não quebro.
Não é só felicidade. Que tem fim na realidade. A tristeza também tem. Tudo acaba, se inicia. Temporal e calmaria. Noite e dia, vai e vem. Quando é má a maré. E quando já não dá pé. Não me revolto ou me queixo. E tal qual um barco solto . Salto alto mar revolto. Volto firme pro meu eixo. Em noite assim como esta. Eu cantando numa festa. Ergo o meu copo e celebro. Os bons momentos da vida. E nos maus tempos da lida. Eu envergo mas não quebro."
(Envergo mas não quebro  - Lenine)

PS: Texto dedicada a minha husband, Thaís Tenório. ILUSM.
PPS: Eu disse que ia demorar a postar :c
PPPS: Minha gente, vai ter Ivete Sangalo aqui. <3333 kkkkk dead.
PPPPS: O ano mal começou e eu já tô cansada. KKKK Mas o esforço vai ser recompensado no fim.
PPPPPS: Música que eu amo, do meu amorzinho Lenine.
PPPPPPS: Beijos&Beijos. <3