sábado, 20 de novembro de 2010

A arte de entender.


Ela chegou em casa, foi direto para o quarto, deitou-se ... Por um minuto pensou em alguma coisa, nem ela sabia o que queria pensar, ela só sabia que queria esquecer de certas coisas que aconteceram... Nesse momento os raios de sol apareceram deixando em seu quarto uma cor interessante, e ela -fitando o quarto vazio- ficou lá por um bom tempo. Tão quieta que podiam até dizer que ela não respirava, mas ela só estava lá... Parada... Mas então resolveu sair, e assim foi andando pela rua... Olhando cada árvore, cada pessoa... E se sentindo estranha, chegou em um parque... Parou... Sentou... E lá ela passou o resto da tarde... Ela não era uma menina calada, ela era feliz até demais, falava demais, brincava demais ... Mas nem ela sabia o que estava acontecendo... E por semanas isso se repetiu ... O mesmo caminho... o mesmo banco... o mesmo parque...  E lá estava ela, sentada no velho banco do velho parque admirando as crianças que corriam, os sorrisos, os olhos que brilhavam, e seus pensamentos começavam outra vez... Ela não se achava igual a todo mundo, pra ela ninguém conseguia se quer entendê-la, talvez fosse por isso que ela estivesse tão "pensativa" durante esses dias .... Por mais estranho que isso fosse, já estava começando a ser o "clichê" de suas tardes... Ela ia ela, para o mesmo local de sempre ... E então estava lá, sentada e viu que no meio de toda aquela alegria havia uma menininha... Sentada na grama, com os olhos cheios de lágrimas... Isso a deixou inquieta. Ela levantou e caminhou até a garotinha. Perguntou o que estava acontecendo com ela, a menina não disse nada, nem se quer uma palavra, um som, uma lágrima ... Apenas Continuou fitando o lago... Ela perguntou outra vez, mas parecia que o silêncio havia tomado conta de todo o parque... Então ela sentou ao lado da criança, e lá passou o resto de sua tarde... Após algum tempo a menininha se levantou, olhou para ela com um brilho no olhar que ela jamais tinha visto em alguém... Então a pequena menina disse "Obrigada... Obrigada por me entender" e deu-lhe um abraço, talvez o abraço mais verdadeiro que ela sentiu... Um abraço que trazia consigo uma certa paz e felicidade pq não? Então, a pequena saiu correndo pelo parque... Ela continuou sentada... Maravilhada com o que havia acontecido, e passou a se sentir melhor, pq de uma maneira qualquer ela se sentiu importante para alguém, mesmo que por alguns segundos... E daí ela percebeu, que não era preciso falar, escrever nem nada do tipo pra entender alguém... Só era preciso estar lá... E ela esteve.

"Suponho que me entender não é questão de inteligência, e sim de sentir, de entrar em contato... "
Clarice Lispector.

PS: Desculpem o post, fiz as pressas Oo #sorry
PPS: Mas acho que deu pra entender né? auhahuahuaa
PPPS: Só preciso "prestar umas contas" essa semana, para tudo ficar realmente certo #fato
PPPPS: Ótimo inicio de semana a todos!
PPPPPS: Beijos&Beijos

@Larifreeitas

2 comentários:

  1. Que liiindo! *-*
    E esse sorry ali é por que?
    Tem nada que se desculpar não! Amei o post, amei a história!
    Parabéns, linda! *-*
    Beijo :*

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  2. gostei por demais desse texto *_* principalmente por me identificar,inclusive,com a pequena garota..na maioria das vezes o entendimento está na presença..no contato..como você disse,no estar.
    Iloveandmissyoubaby
    (F)(L)
    :***

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